O gerundismo, considerado por alguns como uso exagerado do gerúndio, é um fenômeno que sempre existiu na nossa língua. O tempo todo, utilizamos o gerúndio de forma natural, dizemos: “Estou trabalhando na empresa X. Estou lendo o livro Y”. Ninguém nunca reclamou deste uso. O grande problema não é o uso do gerúndio e sim o uso de vários verbos auxiliares ao mesmo tempo.
Por exemplo, em “Estou trabalhando...”, “estou” é um verbo auxiliar, pois carrega as flexões verbais de número, pessoa e tempo, enquanto o verbo “trabalhar” é o verbo principal, pois carrega o sentido da ação verbal.
Quando alguém diz: “vou estar falando...”, perceba que há dois verbos auxiliares quando se poderia usar apenas um como em: “vou falar” ou apenas a forma simples “falarei”.
Dizer que essa construção deriva do inglês seria simplificar demais. Na verdade, alguns estudos atestam que esta construção dá a ideia de uma maneira mais polida de se expressar ou de suavizar um equívoco como em: “o produto solicitado ainda está em falta, mas vou estar enviando para o senhor assim que este chegar...”
Para mais informações leia o excelente texto de Marcos Bagno disponível em: http://www.marcosbagno.com.br/conteudo/arquivos/art_carosamigos-maio09.htm
PS: Não é REFORMA, é ACORDO. Uma reforma implica um processo muito mais amplo e contundente, mais informações sobre isso, leia também: http://www.marcosbagno.com.br/conteudo/arquivos/art_carosamigos-novembro2.htm
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